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Maviret

Maviret

Similar

Farmacologia

Princípios Ativos

Glecaprevir Pibrentasvir

Grupos Farmacológicos

Antivirais Inibidores da protease

Indicações Terapêuticas

Hepatite C

Laboratório

AbbVie AbbVie

Apresentações

Comprimido Revestido 100mg + 40mg

Bula

Para quê este medicamento é indicado?

Maviret é destinado ao tratamento da infecção crônica (longo prazo) pelo vírus da hepatite C (HCV) genótipos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 em pacientes sem cirrose e com cirrose compensada.

Quando não devo usar este medicamento?

Maviret é contraindicado para pacientes:

- com deficiência grave do funcionamento do fígado (insuficiência hepática grave também conhecida como Child-Pugh C);

- que fazem uso dos medicamentos atazanavir (utilizado para o tratamento de infecção por HIV) e rifampicina (utilizado para o tratamento de infecções diversas).

O que devo saber antes de usar este medicamento?

Risco de reativação do vírus da hepatite B (HBV)

Casos de reativação da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em pacientes infectados por ambos os vírus da hepatite B (HBV) e C (HCV), incluindo alguns casos que resultaram em falha na função do fígado (falência hepática) ou morte, têm sido reportados durante o tratamento com medicamentos da mesma classe de Maviret, ou seja, com agentes antivirais de ação direta.

Seu médico deve realizar um teste para detecção da presença do vírus da hepatite B antes do início do tratamento. Pacientes infectados com ambos os vírus da hepatite B e C, incluindo aqueles com infecção passada pelo vírus da hepatite B, estão sob risco de reativação e, por isso, devem ser monitorados e acompanhados de acordo com as práticas clínicas atuais.

Potenciais efeitos do clearance do HCV devido agentes antivirais de ação direta – Efeito da Classe Terapêutica

O tratamento para hepatite C (HCV) pode levar a melhora da função do fígado e por consequência melhorar o controle da glicemia, principalmente em pacientes diabéticos. Casos raros de hipoglicemia sintomática foram relatados com o tratamento de HCV. Dessa forma, recomenda-se monitorar cuidadosamente os níveis de glicose no sangue em pacientes diabéticos para determinar se o ajuste de dose da medicação antidiabética é necessário.

Cuidados e advertências para populações especiais

• Pacientes com insuficiência hepática (deficiência grave do funcionamento do fígado)

Maviret não é recomendado para pacientes com insuficiência hepática moderada (classificação Child-Pugh B).

• Uso por idosos

Nenhum ajuste de dose de Maviret é necessário para pacientes idosos.

• População pediátrica

Nenhum ajuste de dose de Maviret é necessário em adolescentes a partir de 12 anos. A exposição de glecaprevir e pibrentasvir em adolescentes foi comparável àquela dos estudos de fase 2/3 em adultos. A farmacocinética de glecaprevir e pibrentasvir não foi estabelecida em crianças menores de 12 anos.

• Gravidez

Os dados sobre o uso de glecaprevir e pibrentasvir por mulheres grávidas são limitados ou não existem. Como medida de segurança não se recomenda o uso de Maviret durante a gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

• Amamentação (lactação)

Não se sabe se glecaprevir ou pibrentasvir são excretados no leite humano. Em estudos de laboratório com animais foi observada a presença de Maviret no leite. Alerta-se, portanto, para esta possibilidade em humanos. A decisão de descontinuar a amamentação ou descontinuar/adiar o uso de Maviret deve ser avaliada levando-se em consideração o benefício da amamentação para a criança e o benefício do tratamento da hepatite C para a mãe.

Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas

Maviret não influencia na capacidade de conduzir ou operar máquinas.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Este medicamento contém LACTOSE.

Interações medicamentosas

• Interações estabelecidas e potenciais

A administração de Maviret juntamente com outros medicamentos pode aumentar ou diminuir os efeitos de ambos os medicamentos, trazendo riscos para o paciente. Converse com seu médico para que ele avalie quais medicamentos podem ou não ser administrados com Maviret.

Abaixo, segue uma lista de alguns medicamentos para os quais deve haver avaliação de seu médico quanto à necessidade de acompanhamento dos efeitos esperados e/ou modificação de doses:

- digoxina;

- etexilato de dabigatrana;

- carbamazepina;

- medicamentos contendo etinilestradiol, como contraceptivos orais;

- erva-de-São-João (Hypericum perforatum);

- darunavir, lopinavir, ritonavir, efavirenz;

- pravastatina, rosuvastatina, atorvastatina, lovastatina, sinvastatina;

- ciclosporina;

- antagonistas da vitamina K (anticoagulantes).

• Medicamentos sem interações clinicamente significativas com Maviret

Nenhum ajuste de dose é necessário quando Maviret é coadministrado com os seguintes medicamentos: abacavir, anlodipino, buprenorfina, cafeína, dextrometorfano, dolutegravir, elvitegravir/cobicistate, entricitabina, felodipino, lamivudina, lamotrigina, losartana, metadona, midazolam, naloxona, noretindrona ou outros contraceptivos contendo apenas progestina, omeprazol, raltegravir, rilpivirina, sofosbuvir, tacrolimo, tenofovir alafenamida, fumarato de tenofovir desoproxila, tolbutamida e valsartana.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Quais os males que este medicamento pode me causar?

A avaliação de segurança de Maviret em indivíduos com doença hepática compensada (com ou sem cirrose) é derivada dos estudos clínicos de registro conduzidos com adultos durante seu desenvolvimento.

A proporção geral de indivíduos que descontinuaram permanentemente o tratamento em decorrência de reações adversas foi de 0,1% dos pacientes que receberam Maviret.

Nos estudos clínicos, a reação adversa (evento adverso considerado como possivelmente relacionado pelo investigador) mais comum (ocorreu em mais de 10% dos pacientes) foram cefaleia (dor de cabeça) e fadiga (cansaço) em pacientes tratados com Maviret por 8, 12 ou 16 semanas.

As reações adversas observadas com frequência igual ou maior que 5% nos pacientes que receberam Maviret por 8, 12 ou 16 semanas foram cefaleia (13,2%), fadiga (11,4%) e náusea (7,6%). As reações adversas são listadas por frequência, definidas como muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento) ou muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): fadiga (cansaço), cefaleia (dor de cabeça).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): náusea (enjoo).

Não houve diferença na segurança geral para pacientes que receberam Maviret por 8, 12 ou 16 semanas. O tipo e gravidade das reações em pacientes com cirrose foram comparáveis ao observado em pacientes sem cirrose. O perfil de segurança global em pacientes coinfectados HCV/HIV-1 foi similar ao observado em pacientes monoinfectados por HCV.

Reações adversas em pacientes adultos com insuficiência renal severa incluindo pacientes sob diálise

A segurança de Maviret em pacientes com doença renal crônica (incluindo pacientes em fase avançada/em diálise), com infecção pelo vírus da hepatite C genótipos 1, 2, 3, 4, 5 ou 6 e com doença hepática compensada (com ou sem cirrose) foi avaliada e as reações adversas mais comuns em pacientes tratados com Maviret por 12 semanas foram prurido (coceira) e fadiga (cansaço). As reações adversas observadas com frequência igual ou maior que 5% nos pacientes que receberam o tratamento com Maviret por 12 semanas foram prurido (17,3%), fadiga (11,5%), náusea (8,7%), astenia (6,7%) e cefaleia (5,8%).

Abaixo constam as reações adversas que ocorreram com frequência igual ou maior que 5% em pacientes que receberam Maviret por 12 semanas. As reações adversas são listadas por frequência, definidas como muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento), rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento) ou muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): prurido (coceira), fadiga (cansaço).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): náusea (enjoo), astenia (fraqueza), cefaleia (dor de cabeça).

Reações adversas em pacientes adolescentes (crianças acima de 12 anos)

A segurança de Maviret em indivíduos adolescentes (crianças acima de 12 anos) infectados pelo vírus da hepatite C GT 1-6 é baseada nos dados obtidos através do estudo de fase 2/3, aberto, que avaliou 47 pacientes entre 12 e menores que 18 anos, sob tratamento com Maviret por 8 a 16 semanas (DORA parte 1). As reações adversas observadas foram comparáveis às observadas nos estudos clínicos realizados em adultos.

Reações adversas em pacientes com transplante de fígado ou rim

A segurança de Maviret foi avaliada em 100 pacientes que realizaram transplante de fígado ou rim com infecção crônica por HCV genótipos 1, 2, 3, 4 ou 6 sem cirrose (MAGELLAN-2). O perfil geral de segurança em pacientes transplantados foi comparável ao observado em pacientes não transplantados. As principais reações adversas observadas nos pacientes que receberam Maviret durante 12 semanas foram dor de cabeça (17%), fadiga (cansaço; 16%), náusea (enjoo; 8%) e prurido (coceira; 7%). Nenhum paciente interrompeu permanentemente o tratamento devido a reações adversas.

Alterações laboratoriais

Elevações de bilirrubina sérica (substância produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar) foram observadas. Tais alterações não trouxeram problemas clínicos para o paciente e foram passageiras. Poucas elevações acima de 2X o valor normal, associadas ao uso de Maviret foram observadas (1%).

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.

Onde, como e por quanto tempo posso guardar este medicamento?

Maviret deve ser mantido em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O comprimido revestido de liberação imediata contendo 100 mg de glecaprevir e 40 mg de pibrentasvir é apresentado como um comprimido de coloração rosa, revestido, oblongo, biconvexo, com gravação “NXT” em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Como devo usar este medicamento?

Maviret é um comprimido de dose fixa de glecaprevir e pibrentasvir.

A dose oral recomendada de Maviret é de 3 comprimidos por dia (300 mg glecaprevir / 120 mg pibrentasvir) administrados com alimentação. Os comprimidos de Maviret devem ser ingeridos inteiros, não mastigados, partidos, triturados ou quebrados.

As tabelas abaixo (Tabelas 1 e 2) apresentam a duração de tratamento recomendada de Maviret para pacientes adultos e pediátricos acima de 12 anos, infectados apenas com HCV e para aqueles que apresentam infecção por HIV-1/HCV GT 1 a 4, com comprometimento compensado do fígado (com ou sem cirrose), com ou sem doença dos rins (incluindo aqueles que estão em diálise).

Tabela 1: Duração de tratamento recomendada para pacientes que nunca foram tratados anteriormente.
População de pacientes Duração de tratamento recomendada
Sem cirrose Com cirrose (Child-Pugh A)
Genótipos 1 a 6 8 semanas 12 semanas
Incluindo pacientes coinfectados com HIV e HCV genótipos 1 a 4.
Tabela 2: Duração de tratamento recomendada para pacientes previamente tratados.
População de pacientes Duração de tratamento recomendada
Sem cirrose Com cirrose (Child-Pugh A)
Genótipos 1, 2, 4, 5 e 6
Previamente tratados com PR e/ou R e/ou SOFa
8 semanas 12 semanas
Genótipo 1
Previamente tratados com inibidores de NS3/4Ab
12 semanas
Genótipo 1
Previamente tratados com inibidores de NS5Ac
16 semanas
Genótipo 3
Previamente tratados com PR e/ou R e/ou SOFa
Incluindo pacientes coinfectados com HIV e HCV genótipos 1, 2 e 4.
a. pacientes previamente tratados com regimes contendo (peg)interferon, ribavirina e / ou sofosbuvir
(PR, SOF + PR, SOF + R), mas sem experiência de tratamento prévio com um inibidor de protease
NS3/4A de HCV ou inibidor de NS5A de HCV.
b. pacientes previamente tratados com regimes contendo SMV + SOF ou SMV + PR ou BOC + PR ou
TPV + PR.
c. pacientes previamente tratados com regimes contendo DCV + SOF, DCV + PR ou LDV + SOF.
PR = (peg)interferon + ribavirina; SOF = sofosbuvir; R = ribavirina; SMV = simeprevir; TPV =
telaprevir; BOC = boceprevir; DCV = daclatasvir; LDV = ledipasvir.

Insuficiência renal (deficiência no funcionamento dos rins)

Nenhum ajuste de dose de Maviret é necessário para pacientes com qualquer grau de insuficiência renal, incluindo pacientes em diálise.

Insuficiência hepática (deficiência no funcionamento do fígado)

Nenhum ajuste de dose de Maviret é necessário em pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh A). Maviret não é recomendado para pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh B) e é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática severa (Child-Pugh C).

Uso por idosos

Nenhum ajuste de dose de Maviret é necessário para pacientes idosos.

População pediátrica

Nenhum ajuste de dose de Maviret é necessário em adolescentes a partir de 12 anos. A exposição de glecaprevir e pibrentasvir em adolescentes foi comparável àquela dos estudos de fase 2/3 em adultos. A farmacocinética de glecaprevir e pibrentasvir não foi estabelecida em crianças menores de 12 anos.

Pacientes com transplante de fígado ou rim

Maviret pode ser utilizado por 12 semanas em pacientes com transplante de fígado ou rim. Um tratamento com duração de 16 semanas deve ser considerado para pacientes transplantados para os quais um tratamento por 16 semanas para pacientes não transplantados é atualmente indicado.

Pacientes com coinfecção por HCV genótipos 1 a 4 e HIV-1

A duração de tratamento deve seguir a recomendação das tabelas 1 e 2 acima. Consulte seu médico para recomendações adicionais sobre o uso e dose de agentes antirretrovirais para HIV.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este medicamento?

Caso você se esqueça de tomar uma dose de Maviret e:

- Tiverem passado menos de 18 horas do horário em que normalmente administra o medicamento, tome a dose esquecida, com alimentação, assim que possível. A próxima dose deve ser tomada normalmente em seu horário usual.

- Tiverem passado mais de 18 horas do horário em que normalmente administra o medicamento, NÃO tome a dose esquecida. A dose seguinte deve ser tomada normalmente em seu horário usual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Como este medicamento funciona?

Maviret apresenta-se em comprimido único contendo as substâncias ativas glecaprevir e pibrentasvir, dois agentes antivirais de ação direta, inibidores de proteínas, que atuam em múltiplas etapas do ciclo de vida do vírus da hepatite C (HCV). Desta forma, Maviret impede a multiplicação do vírus e infecção de novas células, permitindo que a infecção seja permanentemente eliminada do organismo.

O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento?

Se ingerir acidentalmente mais do que a dose recomendada, você deverá entrar em contato imediatamente com seu médico ou se dirigir ao pronto-socorro médico mais próximo o mais rápido possível. Leve consigo a bula e embalagem do medicamento para que o medicamento que você tomou possa ser facilmente identificado.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

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