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Referência
Etoposídeo
Inibidores da topoisomerase II Antineoplásicos (Antiblásticos ou Oncolíticos ou Citostáticos ou Antileucêmicos)
Câncer de testículo Linfoma não Hodgkin (LNH) Linfoma de Hodgkin (LH) Leucemia mieloide aguda (LMA) Câncer de pulmão
Blau
Solução Injetável 20mg/mL
Epósido está indicado para o tratamento de:
- Carcinoma de pequenas células de pulmão
- Leucemia aguda monocítica e mielomonocítica
- Doença de Hodgkin
- Linfoma não-Hodgkin
- Tumores testiculares (em esquemas quimioterápicos combinados de primeira linha, com procedimentos cirúrgicos e/ou radioterápicos adequados) e tumores testiculares refratários (em combinação com outros agentes quimioterápicos adequados, em pacientes com tumores testiculares refratários que já tenham sofrido cirurgia adequada, tratamento quimioterápico e radioterápico).
Epósido não deve ser administrado a pacientes com insuficiência hepática (do fígado) grave ou com hipersensibilidade ao etoposídeo ou a qualquer um dos componentes do produto. Está também contraindicado a pacientes com mielossupressão grave e infecções agudas. Está contraindicado na gravidez e lactação.
Epósido deve ser administrado por pessoal experiente no uso de quimioterapia antineoplásica.
Efeitos hematológicos
Agentes citotóxicos, como o Epósido, podem produzir mielossupressão (diminuição da função da medula óssea) (incluindo, mas não limitado a, leucopenia (redução de células de defesa no sangue), granulocitopenia (diminuição de um tipo de células de defesa: granulócitos), pancitopenia (diminuição de todas as células do sangue) e trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas)). Se radioterapia e/ou quimioterapia foi administrada previamente ao início do tratamento com Epósido, um intervalo adequado deve ser proporcionado para permitir a recuperação da medula óssea. Se a contagem leucocitária cair abaixo de 2.000/mm3, o tratamento deve ser suspenso até que os níveis dos componentes do sangue tenham retornado a valores aceitáveis (plaquetas acima de 100.000/mm3 e leucócitos acima de 4.000/mm3); isso acontece, geralmente, dentro de 10 dias.
Hemogramas de sangue periférico devem ser monitorados periodicamente.
Consequências clínicas da mielossupressão grave incluem infecções. Infecções virais, bacterianas, fúngicas e/ ou parasitárias, localizadas ou sistêmicas, podem estar associadas com o uso do etoposídeo sozinho ou em combinação com outros agentes imunossupressores. Estas infecções podem ser leves, mas podem ser graves e por vezes fatais. As infecções generalizadas devem ser controladas antes do início do tratamento com Epósido.
Infarto do miocárdio
Foi observado infarto do miocárdio em pacientes tratados com etoposídeo como parte da quimioterapia com múltiplos agentes. Pacientes com história prévia de radiação mediastinal ou receptores de quimioterapias prévias podem estar em risco.
Efeitos renal e hepático
Foi demonstrado que o etoposídeo atinge concentrações elevadas no fígado e nos rins, apresentando, assim, um potencial de acumulação em casos de insuficiências funcionais. Podem ocorrer elevações transitórias nas enzimas hepáticas e bilirrubina. É recomendado monitorar periodicamente as funções renais e hepáticas do paciente.
Efeito no sistema imune
Reações anafiláticas podem ocorrer, sendo usualmente responsivas à interrupção da terapia e administração de agentes pressóricos, corticoides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado.
Leucemia secundária
A ocorrência de leucemia aguda (tipo de câncer do sangue), que pode ocorrer com ou sem uma fase pré-leucêmica, foi relatada, raramente, em pacientes tratados com etoposídeo em associação a outros medicamentos antineoplásicos.
Síndrome da lise tumoral (SLT)
A síndrome de lise tumoral, algumas vezes fatal, tem sido relatada após o uso de etoposídeo em associação com outras drogas quimioterápicas. Os pacientes com alto risco de SLT, como pacientes com alta taxa proliferativa, alta carga tumoral e alta sensibilidade a agentes citotóxicos, devem ser monitorados rigorosamente e devem ser tomadas precauções apropriadas.
Extravasamento
Epósido deve ser administrado apenas por via intravenosa e não deve ser utilizado por outras vias. Deve-se tomar cuidado para não causar extravasamento durante a infusão. Contudo, caso ocorra extravasamento:
- Interrompa a infusão ao primeiro sinal de queimadura;
- Injete corticosteroide (hidrocortisona) na região subcutânea ao redor da lesão;
- Aplique pomada de hidrocortisona a 1% na área afetada até o eritema desaparecer;
- Aplique curativo seco na área afetada por 24 horas.
Efeitos imunossupressores /Aumento da suscetibilidade à infecções
A administração de vacinas com antígenos vivos ou atenuados em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos (medicamento usado no tratamento de neoplasias), incluindo o etoposídeo, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com antígenos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo etoposídeo. Vacinas com antígenos mortos ou inativos podem ser administradas; no entanto, a resposta à vacina pode estar diminuída.
Outros
Epósido também contém álcool etílico como excipiente, o que pode constituir fator de risco em pacientes portadores de doença renal, alcoolismo, epilepsia e em mulheres grávidas e crianças.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
• Gravidez
O etoposídeo pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Em estudos realizados em camundongos e ratos, o etoposídeo demonstrou ser teratogênico (que causa malformação no feto) e embriotóxico (tóxico ao embrião), não sendo, portanto, recomendável sua administração a mulheres grávidas. O etoposídeo não deve ser utilizado em mulheres em idade fértil a menos que os benefícios esperados se sobreponham aos riscos da terapia ou que seja utilizado um método anticoncepcional adequado. No caso da paciente engravidar durante o tratamento com etoposídeo, ela deverá ser advertida quanto ao risco potencial para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
• Fertilidade
O etoposídeo pode reduzir a fertilidade masculina. Considerando seu potencial mutagênico, o fármaco poderia induzir dano cromossômico em espermatozoides humanos. Portanto, homens em tratamento com Epósido devem empregar medidas contraceptivas.
• Lactação
É desconhecido se o etoposídeo é excretado no leite materno; como medida de precaução, a amamentação deve ser descontinuada durante a terapia com o fármaco.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e OperarMáquinas
O efeito do etoposídeo na habilidade de dirigir e de operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.
Interações Medicamentosas
Epósido não deve ser fisicamente misturado com qualquer outro fármaco. A solução deve ser inspecionada quanto à presença de partículas ou descoloração antes do uso.
O uso de ciclosporina em altas doses resulta em um aumento nas concentrações plasmáticas de etoposídeo. A terapia concomitante com cisplatina está associada à redução da depuração corporal total do etoposídeo. A terapia concomitante com a fenitoína está associada ao aumento da depuração do etoposídeo e redução da eficácia e outras terapias antiepiléticas indutoras de enzimas podem estar associadas ao aumento da depuração do etoposídeo e redução da eficácia.
A administração concomitante de varfarina e etoposídeo requer monitoramento próximo da razão normalizada internacional (INR).
A resistência cruzada entre antraciclinas e etoposídeo foi relatada em experimentos pré-clínicos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Distúrbios dos Sistemas Sanguíneo e Linfático
O efeito adverso limitante da dose de Epósido é a mielossupressão (diminuição da função da medula óssea), predominantemente leucopenia (redução de células de defesa no sangue) e trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas). Anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do sangue: hemácias) ocorre infrequentemente. O nadir (efeito deteriorante máximo) na contagem leucocitária ocorre aproximadamente 21 dias após o tratamento.
Distúrbios cardíacos
Infarto do miocárdio foi relatado em pacientes tratados com etoposídeo como parte da quimioterapia com múltiplos agentes.
Distúrbios oculares
Cegueira cortical transitória tem sido relatada.
Distúrbios gastrintestinais
Náuseas e vômitos são as principais toxicidades gastrointestinais e ocorrem em mais de um terço dos pacientes. Antieméticos são úteis no controle desses efeitos colaterais. Outros efeitos infrequentes incluem dor abdominal, anorexia (falta de apetite), diarreia, esofagite (inflamação do esôfago) e estomatite (inflamação da mucosa da boca). Disfagia (dificuldade ao ingerir alimentos) foi relatada.
Distúrbios gerais e condições no local da administração
Fadiga (cansaço), pirexia (febre) e astenia (fraqueza) têm sido relatadas.
Distúrbios do sistema imune
Reações anafilactoides (reações alérgicas graves) foram relatadas após a administração de etoposídeo. As taxas mais altas de reações anafilactoides foram relatadas em crianças que receberam infusões em doses mais altas do que aquelas recomendadas. Essas reações usualmente responderam à cessação da terapia e à administração de agentes pressóricos, corticoides, anti-histamínicos ou expansores de volume, conforme apropriado.
Infecções e infestações
Choque séptico (sepse grave), sepse (infecção generalizada no organismo), sepse neutropênica, pneumonia e infecção.
Lesões, toxicidade e complicações processuais
Fenômeno de radiação tem sido relatado.
Distúrbios nutricionais e do metabolismo
A síndrome da lise tumoral, algumas vezes fatal, tem sido relatada após o uso de etoposídeo em associação com outras drogas quimioterápicas.
Distúrbios do sistema nervoso central
Foi reportada neuropatia periférica (disfunção dos neurônios que pode levar a perda sensorial, atrofia e fraqueza muscular, e decréscimos nos reflexos profundos) infrequentemente em pacientes tratados com etoposídeo. Sonolência e sabor residual também foram relatados. Convulsões foram relatadas.
Distúrbios respiratório, torácico e mediastinal
Observou-se uma reação aguda fatal associada ao broncoespasmo (chiado no peito). Tem sido descrita apneia, com retomada espontânea da respiração após a interrupção da infusão.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Foi observada alopecia (perda de cabelo) em, aproximadamente, 2/3 dos pacientes e usualmente reversível à cessação da terapia. Rash (vermelhidão da pele), distúrbio na pigmentação, prurido (coceira) e urticária (alergia na pele) foram relatados.
Distúrbios Vasculares
Hipotensão (pressão baixa) pode ocorrer seguida de uma infusão excessivamente rápida e pode ser revertida pela desaceleração da taxa de infusão. Foram também relatados hipertensão (pressão alta) e/ou rubor facial.
A pressão sanguínea geralmente retoma os níveis normais poucas horas após o término da infusão.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Epósido, antes de diluído, deve ser conservado em temperatura ambiente entre 15°C e 30ºC. As soluções diluídas a 0,2 mg/mL ou 0,4 mg/mL, em glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9%, são física e quimicamente estáveis, quando armazenadas em recipientes de plástico ou de vidro, conforme tabela abaixo.
Concentração da solução diluída | Solução diluente | Temperatura 30°C | Temperatura 2°C - 8°C |
---|---|---|---|
0,2 mg/mL | Cloreto de sódio 0,9% | 24 h | 24 h |
0,2 mg/mL | Glicose 5% | 96 h | 96 h |
0,4 mg/mL | Cloreto de sódio 0,9% | 24 h | 24 h |
0,4 mg/mL | Glicose 5% | 96 h | 96 h |
O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento como prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Epósido é solução estéril, límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Epósido é um medicamento de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados; portanto, a preparação e administração de Epósido deve ser feita por um médico ou por profissionais de saúde especializados e treinados em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
As instruções para administração, diluição e infusão estão disponibilizadas na parte destinada aos Profissionais de Saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde especializado poderá preparar e administrar a medicação.
Epósido deve ser utilizado somente por via intravenosa (dentro da veia).
Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Como Epósido é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar ou ambulatórios especializados, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Epósido é um medicamento usado no tratamento do câncer.
O mecanismo de ação do etoposídeo não é exatamente conhecido; no entanto, este medicamento parece produzir efeitos citotóxicos.
Dados de superdose são limitados. Efeitos tóxicos hematológicos e gastrintestinais são esperados como as principais manifestações da superdose de etoposídeo. O tratamento é principalmente de suporte. Não existe antídoto conhecido.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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