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Genérico
Sulfato de quinina
Antiparasitários (Parasiticidas) Antimaláricos
Babesiose Malária (impaludismo)
Labesfal
Comprimido 300mg
Quinina Labesfal está indicada:
- No tratamento da malária devido a estirpes sensíveis de Plasmódio, resistentes à cloroquina.
- No tratamento da infeção por Babesia microti (Babesiose) administrada conjuntamente com a clindamicina.
Não tome Quinina Labesfal:
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao sulfato de quinina ou a qualquer outro componente deste medicamento;
- se ocorrerem distúrbios visuais, erupção cutânea, perda de audição ou zumbido, o fármaco deve ser descontinuado.
- se sofre de deficiência na enzima glucose -6- fosfato desidrogenase;
- pode ocorrer uma doença sanguínea, chamada púrpura trombocitopenica (redução do número de plaquetas que origina nódoas negras) durante a terapia com quinina em pacientes com elevada sensibilidade ao fármaco, pelo que o fármaco está contraindicado em doentes que tenham apresentado efeitos hematológicos adversos em administrações prévias de quinina;
- a quinina está também contraindicada em pacientes com zumbido ou nevrite ótica ou com história de febre dos pântanos.
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Quinina Labesfal.
Os riscos potenciais da quinina no doente idoso são originados da sua interação com fármacos cardiovasculares.
Doses excessivas repetidas de quinina podem precipitar efeitos tóxicos (cinchonismo). Os sintomas mais suaves incluem zumbidos, dor de cabeça, náuseas e distúrbios ligeiros na visão, que normalmente diminuem rapidamente depois da descontinuação do fármaco.
Quando a quinina é administrada de forma continuada ou depois de uma dose única elevada os sintomas envolvem também o trato gastrointestinal, os sistemas cardiovascular e nervoso e a pele.
A ocorrência de hemólise (destruição de glóbulos vermelhos) tem sido associada com uma deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase em pacientes a tomar quinina e a terapia deve ser interrompida imediatamente se ocorrer hemólise. A quinina deve ser usada com precaução na presença de arritmias cardíacas; a quinina tem atividade semelhante à quinidina.
No tratamento da malária por Plasmodium vivax e Plasmodium ovale, deve ser instituída terapêutica com primaquina, um derivado das 8-aminoquinolinas.
Outros medicamentos e Quinina Labesfal
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou vier a tomar outros medicamentos.
- Antiácidos, utilizados para neutralizar a acidez no estômago, que contêm alumínio podem atrasar ou diminuir a absorção da quinina administrada concomitantemente.
- Anticoagulantes orais, utilizados para diluir o sangue: a quinina pode deprimir o sistema de enzimas hepáticas que sintetiza a vitamina K dependente de fatores coagulantes e deste modo pode aumentar a ação da varfarina e outros anticoagulantes orais.
- Rifampicina, um antibiótico: o uso em simultâneo da quinina e de indutores de enzimas como a Rifampicina pode levar ao aumento do metabolismo da quinina e desse modo dificultar a obtenção de níveis eficazes.
- Digoxina, utilizada no tratamento de problemas cardíacos: as concentrações plasmáticas podem ser aumentadas pela administração concomitante de quinina.
- Mefloquina, um agente antimalárico: não deve ser usada concomitantemente com a quinina. Se os dois fármacos necessitarem de ser usados no tratamento inicial da malária, a administração de mefloquina deve ser atrasada pelo menos 12 horas após a última dose de quinina. A coadministração aumenta o risco de anomalias no ECG, paragem cardíaca e convulsões.
- Agentes bloqueadores neuromusculares, utilizados em anestesia: o bloqueio neuromuscular pode ser potenciado pela quinina e pode resultar em dificuldade respiratória.
- Os alcalinizadores da urina como por ex.: a acetazolamida e o bicarbonato de sódio administrados concomitantemente com dicloridrato de quinina podem aumentar os níveis sanguíneos de quinina com potencial para toxicidade.
- Amantidina; utilizada no tratamento da doença de Parkinson: a quinina reduz a clearance renal da amantidina em cerca de 36%, somente em pacientes do sexo masculino.
- Anticonvulsivantes, utilizados para a epiliepsia: a quinina inibe o metabolismo hepático da carbamazepina e do fenobarbital sendo estes eliminados com maior lentidão, o que pode levar a um aumento da sua toxicidade.
Quinina Labesfal com alimentos e bebidas
Não são conhecidas interações de Quinina Labesfal com alimentos nem com bebidas.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
A quinina pode provocar dano no feto quando administrada a mulheres grávidas. Nadosmortos nos quais não houve causa óbvia para as mortes fetais, foram referidos em mães a receber quinina.
Em relação a estudos em animais, há referência a efeitos teratogênicos em coelhos e porquinhos-da-índia, mas não em outras espécies testadas. Uma vez que os riscos ultrapassam claramente os possíveis efeitos benéficos na mulher que está ou pode ficar grávida, a quinina está contraindicada nessas mulheres. Se o fármaco for administrado durante a gravidez ou se a mulher ficar grávida enquanto está a receber o fármaco, ela deve ser informada do potencial risco para o feto.
Uma vez que a quinina se distribui no leite, o fármaco deve ser usado com precaução em mulheres a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram encontradas referências relativamente aos efeitos de Quinina Labesfal na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Quinina Labesfal contém glucose mono-hidratada
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contate-o antes de tomar este medicamento.
Como todos os demais medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários possíveis listada abaixo é definida utilizando a seguinte convenção:
- Frequentes: afetam entre 1 a 10 utilizadores em 100
- Pouco frequentes: afetam entre 1 a 10 utilizadores em 1.000
- Raros: afetam entre 1 a 10 utilizadores em 10.000
Sistema hematológico (problemas no sangue)
Pouco Frequentes: trombocitopenia (redução do número de plaquetas), leucopenia (redução do número de glóbulos brancos), pancitopenia (diminuição global de elementos celulares do sangue (glóbulos bancos, vermelhos e plaquetas)), coagulopatia (problemas na coagulação sanguínea), coagulação intravascular disseminada, púrpura trombocitopenica (trombocitopenia que origina nódoas negras), agranulocitose (redução do número de neutrófilos, um tipo de glóbulos brancos).
Raros: hipoprotrombinémia (diminuição de uma proteína que é necessária para a coagulação do sangue), hemólise com potencial para anemia hemolítica (destruição de glóbulos vermelhos).
Sistema Endócrino/metabólico
Pouco frequentes: hipoglicemia (que pode ser grave e recorrente em alguns pacientes com infeção grave de malária provocada por P. Falciparum, que receberam terapia com quinina e houve evidência de que a secreção de insulina induzida pela quinina possa ter sido um dos possíveis fatores precipitantes).
Sistema nervoso central
Raros: Cinchonismo (efeitos tóxicos), vertigens, dor de cabeça, suores, fadiga, confusão, síncope (desmaio), apreensão e febre.
Sistema oftálmico
Raros: distúrbios visuais incluindo visão turva com escotoma, fotofobia, diplopia (visão dupla), campos visuais contraídos, cegueira noturna e distúrbios na perceção das cores. O fármaco pode também afetar a retina e o nervo ótico.
Sistema auditivo
Frequentes: Perda reversível da audição.
Raros: surdez irreversível.
Sistema Cardiovascular
Raros: perturbações na condução, taquicardia ventricular e angina.
A administração I.V. rápida de quinina resultou em hipotensão grave, arritmias e falha circulatória aguda.
Sistema Respiratório
Raros: asma
Sistema gastrointestinal
Frequentes: náuseas e vômitos (podem estar relacionados com efeitos do fármaco no SNC).
Sistema Renal/Genito-urinário
Pouco frequentes: falha renal (associada a coagulopatia e anticorpos dependentes de quinina); hemoglobinúria.
Outros
Raras: Reações de hipersensibilidade: vermelhidão cutânea, prurido muito intenso e generalizado, rash (urticária, pápulas, escarlatina), febre, edema facial, mal-estar gastrintestinal, dispneia, zumbido, dano da visão.
Se ocorrer evidência de hipersensibilidade durante a terapia com quinina, o fármaco deve ser descontinuado.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Conservar a temperaturas inferiores a 25 ºC.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize Quinina Labesfal após o prazo de validade impresso na embalagem exterior “VAL:”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não utilize este medicamento se verificar sinais visíveis de deterioração.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão o ambiente.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose habitual é:
Tratamento da malária
• Adulto
Tomar 600mg (2 comprimidos) de 8 em 8 horas durante 3 a 7 dias.
• Crianças
Tomar 10mg/kg de 8 em 8 horas durante 3 a 7 dias.
Babesiose
Tem sido usada uma combinação de quinina e de clindamicina no combate das infeções por Babesia microti. As doses sugeridas são de 600mg de quinina 3 vezes por dia por via oral e de clindamicina 1,2g ao dia por via intravenosa (IV) ou de 600mg 3 vezes ao dia por via oral. Caso a via oral não esteja disponível as doses sugeridas são de 650mg de quinina 3 vezes por dia por via intravenosa.
A duração do tratamento é de 7 dias. Nas crianças recomenda-se a administração diária, por via oral de 10mg/kg de quinina e de 20 a 40mg/kg de clindamicina, de 8 em 8 horas.
Se parar de tomar Quinina Labesfal
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.
O laboratório não forneceu essas informações na bula original.
Se tomar acidentalmente demasiados comprimidos, ou se outra pessoa ou criança tomar o seu medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico ou diriga-se às Urgências do Hospital mais próximo.
A sobredosagem por quinina produz sintomas de efeitos tóxicos (cinchonismo) que podem incluir zumbidos, vertigens, rash, efeitos cardiovasculares, dor de cabeça, febre, cólicas intestinais, diarreia, vômitos, apreensão, confusão e convulsões. Uma sobredosagem grave pode resultar em depressão respiratória ou colapso circulatório.
Perturbações visuais incluindo visão turva ou cegueira foram verificadas ocasionalmente com sobredosagem de quinina; a cegueira é transitória na maioria dos casos, mas pode raramente ser permanente. A dose fatal de quinina nos adultos tem sido referido situar-se entre 2-8g.
Tratamento
Na sobredosagem aguda de quinina, o estômago deve ser esvaziado por lavagem gástrica ou por emese induzida por ipeca. A função renal deve ser monitorizada e a pressão sanguínea deve ser assistida; o balanço eletrolítico e de fluídos deve ser mantido com fluídos I.V. Pode ser necessária respiração artificial. Se houver evidência de angioedema ou asma, pode estar indicado o uso de epinefrina, corticosteroides ou anti-histamínicos.
Foi feita a acidificação da urina para promover a excreção renal da quinina; na presença de hemoglubinúria a acidificação da urina pode aumentar a toxicidade renal. A quinina deve ser rapidamente dialisável, por hemodiálise ou hemoperfusão.
Na fase aguda de amaurose causada por quinina, os vasodilatadores administrados por via I.V. podem ter um efeito benéfico.
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